19.6.11

A luz à sombra

Metido nos lençóis com o corpo arrefecido pela noite, fiquei a olhar o candeeiro na outra ponta do quarto, virado para uma fresta de mundo que chegava da janela. Cabisbaixo e desligado, cumprindo uma pausa na existência. Não me demoraria a conceder-lhe um pensamento, não fosse a candura lunar que tomou no breu conduzir-me a isso. 
Para quê fechar os olhos à possibilidade de ter como esta a última cena? É poder levar a Morfeu o que Morfeu não pôde ver como eu. Que se inspire a inspirar.

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