2.9.11

O culto da fuga #34

Perguntem-se, quando estou longe, porque não me aflige a saudade. Como poderia, se falo de um tempo já gasto, em que apesar de tudo, não se viram as costas por medo da solidão? Viro-as eu como que a reproduzir um gesto que vos quero ver fazer. Não entenderiam nem que me vissem fazê-lo mil vezes. Estou exausto de imaginar uma outra vida para vocês. Para nós. 
Continuem. Está tudo bem, não está? Continuem formulando planos para depois, mas vivam a vossa mentira longe da minha vista.

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