16.6.10

Para ocupar a mente

Pois bem minha gente a situação é a seguinte: perto da minha casa, existia um antigo quartel de bombeiros voluntários, que estava entregue ao abandono já há algum tempo. Lembro-me de quando era mais novo, ainda ter conseguido ver alguns dos antigos carros dos bombeiros, que outrora estiveram no activo. Os carros desapareceram e o edifício foi envelhecendo gradualmente a cada lasca de tinta caída no chão. Até que na segunda-feira passada, dou de caras com o edifício totalmente desintegrado. Estava uma equipa a trabalhar na sua demolição. Retroescavadoras, carrinhas, sinais em aviso de obras e muito barulho. Ora bem, poupando o latim, o que aconteceu foi que ao derrubarem o quartel, sem demonstrarem qualquer preocupação em verificarem a existência de linhas ou cabos, acabaram eventualmente por levar também um cabo que fornece televisão, telefone e Internet cá para casa. E ainda deixaram a caixa da EDP, um pouco maltratada. A juntar a tudo isto, no mesmo dia, o meu telémovel dá o último suspiro. "Espectacular" pensei eu. Esperançoso que a coisa se resolvesse dentro de dois ou três dias no máximo, mantive a calma. Passou um dia, mais outro, outro e mais outro. Passada uma semana, os tipos da cabovisão vieram finalmente solucionar o problema, depois de inúmeras promessas incumpridas de rápida resolução. Cabo novo, impecável. Televisão, confirma. Telefone, confirma. Internet... Internet... não confirma. Então pronto, aqui estou eu a utilizar o resto do saldo da minha pen de banda larga, que tem contribuído incrivelmente para que os meus níveis de "web stress" aumentem. Isto porque metade do saldo disto, hiperbolicamente falando, é gasto na espera da abertura de uma página da Internet, digamos por exemplo, o Google. Tenho utilizado pouco esta pen, a fim de conservar alguma sanidade mental. O serviço da cabovisão ajuda no que pode via telefone, mas infelizmente os esforços têm sido infrutíferos. O aspecto bom disto, é que pude calmamente aproveitar o tempo disponível para acabar de ler alguns livros que tinha deixado pendentes e ver alguns filmes. Embora já comece a azucrinar o juízo, no final de contas, uma pausa nas tecnologias até soube bem. Já há uns tempos que tinha pensado estabelecer a mim mesmo, uma data para suspender durante um período indeterminado de tempo (até aguentar...) a utilização de algumas tecnologias. Graças a isto, sei agora que é uma experiência perfeitamente realizável, só preciso de ter uns livros para ocupar a mente.

p.s: são 3:43 da matina e estou a ter uma insónia, de maneiras que aproveitei e pus-me a escrever.

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