Perdido em pensamento questionei-me: é isto a paz? Ousei atirar uma resposta que agora não sinto. Foi esse o ponto de partida para a reflexão que se segue:
Sem querer cair no perigo de me achar detentor da verdade, de momento defino paz como sendo simultaneamente presença e ausência de tudo. A realidade é que para o efeito, de nada importa o verbo que só personaliza a sensação, essa, que em si comporta a multiplicidade de acepções.
Sem querer cair no perigo de me achar detentor da verdade, de momento defino paz como sendo simultaneamente presença e ausência de tudo. A realidade é que para o efeito, de nada importa o verbo que só personaliza a sensação, essa, que em si comporta a multiplicidade de acepções.
Repousando também o pensamento na duração desse estado harmónico, se alguma vez o soubermos reconhecer em nós, é grande a tentação de alcunhar negativamente a felicidade daí resultante, de ensaio de paz, porque efémera. A paz, se só a imaginarmos com a componente da eternidade, torna-se utópica, e acreditamo-la inalcançável. Porém, admitir a felicidade temporária como paz incompleta, faz de ensaios de paz um termo esperançoso, que nos permite aceitar a omissão e a inconstância do estado, que não é por isso menos real ou possível. Antes faseado.
Podemos não ser, mas estar felizes. Disso, alguma paz deve ser possível recolher.
Ou consolo.
Podemos não ser, mas estar felizes. Disso, alguma paz deve ser possível recolher.
Ou consolo.
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